sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Olha que história


Vou-te contar a história
Daquilo que vou contar
Poque épreciso contar
O que não nos conta a história                                      
Que a história  não está na história
Mas nahistoria de a contar
Pelo que te vou contar
Como se conta a historia
Ou seja,contar da historia
Na historia de te contar
De como te quis contar
A historia que e historia
Por ser historia de contar

Poema de:
Mario Castrim



A nossa liberdade


A nossa liberdade
Viva
Nas cinzas nos punhos na prisão do povo
Em
Luta
A nossa liberdade
Antiga dos nossos avós
Teimosamente crescende
Á
Toa
Semeada
No ódio no medo na opressão do povo
Inteiro
Solidário
Universal.

Poema de:
David Mestre,do canto a idade

A curuja

O pior da coruja
Nas enluaradas
Margens da lagoa
Expia lagrimas
De malfadadas cria
Tragadas
Pelo jacaré

De:Fraatas de Morais


Cantos

Metamorfoseado
Na janela quadriculada
Da lua
Sinto as noites
Arrastarem-se
La fora
O grilo canta
Canta
Canta
Para me adormecer




Rumo au infinito


Embarquei no teu sorriso
Sem bilhete sem apelo
Apelei aos anjos sua ajuda
Ajudei a reencontrar-me
No qual espírito e alma
Tatuei-te com o cheiro da minha voz
Vacinei-te contra a letargia no amor
Rumo ate a pé até ao infinito

Poesia de:
António gonsalves

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Criar



Criar no espírito,criar no músculo, criar no nervo;
Criar no homem,criar na massa,
Criar,Criar com olhos secos
Criar,criar
Gargalhadas sobre o escárnio da palmatória
Coragem nas pontas das botas do roceiro
Força no esfrangalhado das portas violentadas
Firmeza no vermelho sangue da insegurança
Criar criar com os olhos secos
Criar,criar
Estrelas sobre o camartelo guerreiro
Paz sobre o choro das crianças
Paz sobre o suor,sobre a lágrima do contrato
Paz sobre o ódio
Criar.Criar paz com os olhos secos,
Criar,criar
Criar liberdade nas estradas escravas
Algemas de amor nos caminhos paganizados do amor
Sons festivos sobre o balanceiro dos corpos em forcas simuladas
Criar,Criar amor com os olhos secos
Poesia de: Agostinho Neto,sagrada esperanca

Canto para angola


Hei-de conpor um dia

Um canto sem lirismo
Nem tristeza
Digno de ti,ó,minha terra
Hei-de compor um canto
Livre e sem regras
Que de boca a boca vai partir
Nos lábios de velhos e meninos
Será o canto do pescador
Com os gemidos do contratado
Nas roças de São Tóme
Será o canto de todos os dramas
Do algodão do lagos e irmao
O das tragédias nas minas
Da kitota e da diamang
Será o canto do povo
O canto do povo e do estudante
Do poeta e do operário
E do guerrilheiro
Falando de toda Angola
E seus filhos generosos

Poema de:Jofre Rocha,assim se fez madrugada

Ser mulher

Ser mulher é saber amar
Ter uma ilimitada capacidade de dar
Compreender como ninguem os defeitos de alguem
Ter ingenuidade e pureza é saber acarrinhar
E muitas veses por piedade mentir e enganar.....
ser mulher e saber mentir.Nunca maguar,usar de artificios para agradar
Fazer-se bela e desejavel,saber amar
Ser mulher e ser mãe,Seus filhos proteger
E educar,Por eles roubar
Morrer,até matar
ser mulher,muito mulher é ser meiga,carinhosa
E nao ter orgulio e perduar
é deita-se na cama a noite e saber amar
Ser mulher é ser fragil no amor,Forte na dor
Ter limitada capacidade de chorar
Ser sempre uma menina a quem deseja protejer
E uma leoa,pronta aseu homem defender
Ser mulher..... e muito bom.

Poesia de:Maria de lourdes Brandao,vivencias

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Onde à poesia

Poesia como a fonte que irriga os campos
A última petala do bem-me-quer mau-me-quer
Como particula subatômica que gerou o big-bang
E todo o movimento de expansao celestial

Poesia que até os cegos possam ver,
Sem prazo de validade, descarecida de aprovação
Por inspiração é poesia , e também por vaidade

Escrever na malandragem, sem saber o que escrever
Na sarjeta do banco da praça, sem rumo
No escritório da obscuridão racional do dia a dia
E deixar que o turbilhao de ideias te ronde
A nevagar numa dimensao ímpar nessas águas

Não ter tempo, nem espaço, nem limites

E o mistério da sedução figura no objetivo da poesia mais viva
O carro-chefe movido pelo combustível da paixão
As letras que nos fazem humanos,
Saciam nossa sede desde a primeira gota
A qual ditou os rumos  das piores tragédias
E também dos maiores amores neste mundo

Assim, o intimo se abre à todas as possibilidades
Há tanto pra se ver,tanto pra se amar
Tanto...
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