Segundo rumores postos a circular em Luanda e já desvalorizadas pelo deputado do MPLA, João Pinto, estas despesas incluem uma gala na Cidade Alta, o acto central em Malanje, torneios internacionais de futebol de onze e de hóquei em patins, deslocação de uma delegação da Juventude Cristã em Angola à província do Kuando Kubango (…) e a diária no hotel Mombaka em Benguela, onde a AJAPRAZ ocupou cerca de 80% dos quartos.
Contactado pelo Novo Jornal, o deputado da bancada parlamentar do MPLA, João Pinto, afirmou que a longevidade política do Presidente José Eduardo dos Santos gera malestar nos seus adversários internos e externos.
“Ele atingiu a idade de diamante com paz, democracia e desenvolvimento, sem humilhar ninguém ou ultrajar derrotados, destacou.
De acordo com o deputado, a manifestação de carinho e respeito é sinal da estima que os angolanos nutrem pelo Presidente, “não é imposto, é voluntário”.
“É uma conquista de José Eduardo dos Santos que o tempo encarregou de galvanizar. A boa governação e a transparência estão à mostra, com o desenvolvimento que o país regista e todos os que vêm o reconhecem, como o FMI, o Banco Mundial e outras instituições credíveis no âmbito da economia”, disse.
O porta-voz da UNITA, Alcides Sakala, classificou a situação como o “culto de personalidade e uma atitude recorrente das lideranças africanas”.
“Isto acontece com as pessoas que ficam muito tempo no poder”, referiu Sakala, lamentando que, infelizmente, África esteja cheia destes exemplos, que chegam a ser “ridículos”, sobretudo, “quando financiados com dinheiros públicos”.
“Temos vários exemplos que podíamos citar na história de África, desde Bokassa, que se entronou imperador, a Kadafi, agora procurado pelo Tribunal Internacional de Justiça, e Mobutu, já falecido”, enumerou.
João Pinto responde, afirmando que os discursos dos opositores de José Eduardo dos Santos manifestam um sentimento de frustração, arrependimento implícito pelos males causados ao povo angolano e às injúrias constantes contra o bom-nome do MPLA”.
“Tem mais custos o carinho que se presta ao Presidente José Eduardo dos Santos ou a caminhada cega que se fez ao levar o povo angolano a uma guerra de má lembrança, causada pelos seguidores da UNITA?”, questionou.
“O aniversário de Obama, Isabel II, Sarkozy e outros é lembrado. Os angolanos também podem lembrar os seus mortos e vivos condignamente”, acrescentou.
A finalizar, o também professor universitário diz que José Eduardo dos Santos merece ser tratado com “carinho e estima”, por dar “paz e reconhecimento a uma nação de esperança na reconciliação exemplar em África”.
Para alguns analistas políticos, os aniversários devem ser comemorados de maneira bem caseira e o importante é reunir a família e os amigos para cantar os parabéns.